Todo o selo deve levar a indicação, normalmente em
letras latinas, do país emissor. Existem excepções em
alguns países, como o caso da Grã Bretanha. Os primeiros selos não eram denteados pelo que tinham que ser recortados das folhas com uma tesoura, até que em 1847 o irlandês Henry Archer inventou uma máquina de perfuração de folhas de modo a facilitar esta separação. Muito embora esta perfuração tenha tido o seu inicio em 28JAN1854 em Inglaterra, em Portugal apenas no ano de 1867 foram postas á venda as primeiras folhas perfuradas. Ao ser separado um selo da folha, denominou-se então de denteado o bordo dos selos. Mas nem todos os denteados são iguais. De acordo com o País ou a emissão, o número das perfurações numa dada distância é diferente, existindo até casos em que um mesmo selo têm os denteados diferentes em cada lado, ou somente à esquerda e direita do selo. Daí a importância do denteado para a identificação dos selos. Os denteados mais correntes são de 3 tipos: de linha, de pente ou de grade. O primeiro utilizando um picote em linha, o segundo podendo utilizar em simultâneo, o denteado anterior e um ou mais picotes em perpendicular, fazendo assim o denteado em três dos lados do selo, e o último o mais completo pois utilizando uma quadrícula de cortantes perfura toda a folha numa só descida. O francês Augusto Legrand idealizou um sistema para medir as perfurações, chamado odontómetro, que consiste em determinar o número dos dentes que há em dois centímetros. Nos catálogos figura o denteado de algumas emissões. Quando se indica somente um número é porque o denteado é igual em ambos os lados. Se, por exemplo a expressão for de 13 x 12 indica que tem 13 perfurações no sentido horizontal e 12 no vertical. Odontómetro O espaço que rodeia o selo e que separa o desenho da borda, é chamada margem. Geralmente quase todos os selos são fornecido com uma margem de papel branco dentro onde termina o desenho do selo e começa o denteado. Com as diversas modalidades de impressão usadas durante os primeiros anos, muitas emissões eram deficientes, o que causaram que muitos selos tivessem margens muito defeituosas. Um exemplar se define como bem centrado quando,
denteado ou não, se apresenta com todas as margens
iguais. Em breves palavras, fornece-nos uma explicação do tema principal do selo. Legenda alusiva ao selo. Na parte inferior do selo apresenta uma indicação de
quem desenhava o selo ou fabricava a respectiva
gravura. Actualmente inclui também o ano da
emissão. Nos selos de 1895 a 1937 algumas das emissões
mencionavam no fim do desenho apenas o nome do
desenhador. O valor facial é o preço da aquisição do selo
durante o período de sua validade postal para franquia
da correspondência. De acordo com acordos
internacionais, o valor nominal impresso na face do selo,
terá que ser expresso em números árabes (1 Escudo, 1
Libra, 1 Marco, 1 Franco). Nalguns países emite-se selos
sem valor facial específico, distinguindo-se por uma
letra (A,B,C,....) para identificação da tarifa; são
usados habitualmente nas mudanças da tarifa. O desenho, ou o vinheta, são a figura que reproduz no
selo e reflecte a razão ou tema a que é dedicado. O critério é livre e os selos são impressos em
policromia, servindo-se da série básica e utilizando as
diferentes cores para distinguir o valor facial.
A parte posterior do papel apresenta-se gomada para facilitar a sua adesão às cartas, aos pacotes postais ou a um outro tipo de envio. A goma é um elemento integrante do selo e causa sérios problemas ao Filatelista por ser composto de diversas substâncias químicas que a breve prazo podem produzir por oxidação, a deterioração e/ou a destruição do selo. O reverso dos selos serviu também para imprimir uma
numeração ou um número do controle, com a finalidade
de controle da exemplares emitidos, bem como para
impressão de frase(s) em diversas línguas, alusivas ao
tema ou respectiva emissão. A dimensão dos selos é indicada em milímetros. O primeiro número refere-se à dimensão horizontal. Os formatos mais conhecidos são: quadrados, rectangulares, horizontais e verticais. Devido às imensas variedades existentes, e numa tão
ampla escala extensiva dos tamanhos, seria quase
impossível poder detalhar todas as suas medidas.
Neste sentido, nenhum governo estabeleceu uma regra fixa,
adoptando que as dimensões sejam as mais apropriadas ao
uso e às aplicações dos sistemas de franquias, para um
melhor serviço do correio postal. Com excepção dos
formatos mencionados, e que nós poderíamos descrever
como normais, existem uma infinidade de selos cujos
formas são trabalho de uma imaginação muito peculiar
(selos sextavados, redondos, triangulares e de forma
irregular). O papel é o suporte do selo que individualiza um exemplar de um outro pela sua distinta composição ou elaboração. Actualmente empregam-se papéis fosforescentes e fluorescentes que apresentam a vantagem de agilizar os funcionamentos postais através das suas máquinas complexas. A filigrana é a marca de água que se encontra dentro da pasta de papel aquando do seu fabrico. Também designado por papel de segurança garante a sua autenticidade dificultando a sua falsificação. A filigrana é hoje da importância vital para saber a
série a que pertence um determinado selo. Se prestar
atenção consegue ser vista á contraluz. Todos os sistemas de impressão gráfica foram usados
até agora para a realização dos selos. Tipográfica : Tem sua origem na xilografia, embora tenha nascido no Renascimento. Quando se industrializou foi mudado o material em que se trabalhava, passando da madeira ao metal, como o bronze ou o aço. Actualmente se faz sobre linóleo e material plástico. Os selos impressos por tipografia caracterizam-se por apresentar no seu verso, na forma de um ligeiro relevo, da pressão exercida pela máquina impressora, efeito conhecido como pisada. O desenho é formado por traços e pontos, com os fundos de cor lisos. Cacográfica ou talhe doce: Este sistema de gravação somente pode ser feito no metal. É o melhor método para a impressão do selo pela mais vasta variedade de tons obtidos, bem como pelo relevo de seus traços. Estas características tornam quase impossível a sua falsificação, dado que o processo de gravação único torna impossível uma réplica mesmo ao gravador original. O processo para fazer este tipo do gravação é inverso ao utilizado no sistema tipográfico. Isto significa que a parte do material que se retira da placa com o buril se enche de tinta e se leva ao papel. O gravação do cacográfico efectua-se no zinco, cobre ou aço. Litográfica: É o tipo de impressão mais exposto para reproduzir uma quantidade de variedades devido à maior intervenção manual e menor mecanização. O artista desenha na pedra ou no zinco como se o fizesse no papel. O nome deste tipo de gravação, composto das palavras dos lithos, pedra, e graphos, para desenhar, explica seu desenvolvimento. As tintas que são usadas no processo litográfico são opacas e as cores obtidas têm características iguais. Fotogravura: A reprodução do original
(através de fotografias ou desenho) é obtida por meio
dos processos fotoquímicos, usando clichés
traçados. É caracterizada por carecer de traços
nítidos. Este é um dos procedimentos mais usados
actualmente, embora não alcance o nível artístico dos
sistemas baseados na gravura manual. Como este nome indica são utilizados números ou inscrições numa segunda impressão em selos já impressos. O motivo mais frequente é o selo voltar a ter o poder de franquia ou com alteração do lugar onde usar.
Correspondem aos selos
que, além do valor nominal correspondente, figura
impresso outro valor adicional que fosse destinado á
colecta de fundos para determinados fins. Geralmente
são para benefício de Instituições Sociais, Forças
Armadas, ou as lutas anti-tuberculose,
etc.. Normalmente fazem alusão à Cruz
Vermelha. Esta ideia foi proposta pelo francês
Gilbert Sersiron, durante a conferência internacional
celebrada em Berlim no ano 1902, e unanimemente aprovada.
Tratam-se de exemplares novos em curso que são perfurados por particulares mediante prévia autorização dos correio. Os furos formando letras, marcas ou legendas de casas comerciais, instituições privadas ou de bancos fizeram-se para evitar apropriações ou o uso ilegal dos selos. Existem grandes coleccionadores de selos perfurados por entidades e alguns selos com certas perfurações têm valores bastante altos, pois que existem siglas muito raras. |
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